Fonte: Diário Económico
Obanco de desenvolvimento do Reino Unido, British International Investment (BII), avançou que ainda está disposto a financiar mais projectos energéticos em África que funcionem com base no gás natural, com o objectivo de aumentar o acesso à electricidade no continente.
De acordo com o CEO do BII, Nick O’Donohoe, citado numa informação divulgada nesta terça-feira, 28 de Novembro, pelo canal canadense BNN Bloomberg, à medida que o mundo se prepara para acolher a 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) que vai acontecer no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tem surgido uma pressão crescente sobre as instituições financeiras para que deixem de apoiar projectos de combustíveis fósseis.
Nesta perspectiva, o responsável avançou que o grande desafio actual é encontrar o equilíbrio certo que atenda a mais de 600 milhões de pessoas em África que carecem de energia fiável, acrescentando que o banco que dirige está tentar manter uma posição flexível em relação aos outros países, garantindo apoio para os projectos sustentáveis em curso em várias regiões africanas, incluindo Moçambique.
“Um desses projectos de gás é a Central Térmica de Temane, de 450 megawatts, que a Globeleq está a desenvolver em Moçambique. A usina está programada para produzir electricidade em 2024 e atender à procura de 1,5 milhão de residências. O combustível virá de campos de gás operados pela Sasol”, revelou.
Segundo o CEO, a Globeleq iniciou operações comerciais na central de armazenamento solar e de baterias de Cuamba, na província do Niassa, norte do País, e está actualmente a analisar outros projectos eólicos e solares.
“O banco delineou para África cerca de 6 mil milhões de dólares em investimentos em áreas que vão desde a energia renovável até ao apoio a empresas pertencentes a mulheres”, concluiu.