Fonte: Diário económico
Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) revelou nesta segunda-feira, 29 de Janeiro, que pretende admitir este ano mais quatro empresas no mercado bolsista, salientando que já recebeu demonstrações de interesse por parte de várias entidades nacionais.
“Para 2024, ambicionamos ter pelo menos quatro novas empresas cotadas em bolsa. São várias as que já manifestaram a sua intenção de entrar para o nosso mercado. Estamos a trabalhar para atrair também empresas ligadas ao agro-negócio, ao turismo, às pescas e ao sector de transportes. E acreditamos que até final de 2025 pelo menos um banco comercial estará cotado na BVM”, avançou o PCA da BVM, Salim Valá.
Segundo a fonte, “de 2016 até hoje, a BVM passou de quatro para 16 empresas cotadas, o que representa um crescimento de 300%”.
“Pretendemos continuar a reforçar a nossa capacidade interventiva e de gestão, ampliar a perspectiva comercial e de ligação com os clientes e modernizar as tecnologias de negociação. Vamos introduzir novos produtos e instrumentos financeiros, aprimorar a regulamentação operacional e atrair mais empresas e investidores a usarem o mercado de capitais”, destacou.
Valá explicou que a estratégia para os próximos anos “inclui acções que visem a internacionalização da BVM, a atracção de muito mais investidores estrangeiros e o reforço da capacidade dos recursos humanos”.
“Queremos investir na obtenção de instalações próprias e apropriadas para as funcionalidades de uma Bolsa de Valores moderna e que procura estar mais bem conectada ao sistema económico nacional, regional e global”, revelou.
Em termos de ganhos, o responsável reconheceu que a sua instituição tem “beneficiado das parcerias estabelecidas com as diversas instituições do panorama económico e financeiro nacional, permitindo que a sociedade conheça melhor o mercado de capitais e a própria bolsa”.
“Tem sido possível ampliar, aprofundar e diversificar as áreas de colaboração com as bolsas de Angola (Bodiva) e de Cabo Verde (BVC), que já estão a trazer resultados concretos na capacitação de recursos humanos, troca de experiências sobre quadros normativos e tecnologias de negociação, bem como nos mecanismos de gestão, atracção de investidores e introdução de novos produtos e instrumentos financeiros”, concluiu.