Fonte: O País
Duas pessoas morreram e outras nove contraíram ferimentos, entre graves e ligeiros, em consequência de um aparatoso acidente de viação envolvendo um autocarro e um camião basculante, ocorrido hoje no Inchope, província de Manica.
Trata-se do autocarro da companhia Khurula que saia de Tete e tinha como destino a Cidade de Maputo e, chegada à ponte sobre o rio Metuchira, tentou encetar uma manobra que consiste na ultrapassagem a um camião que transportava combustível, tendo colidido com um outro camião basculante que vinha no sentido contrário.
Segundo sobreviventes do acidente do qual os condutores das duas viaturas morreram no local, provocando ferimento grave numa passageira do autocarro e outros oito ocupantes, o sinistro teria sido perpetrado por excesso de velocidade, aliada à manobra perigosa na ponte sobre o rio Metuchira.
“Saímos de Tete, estava a andar muito bem. Mal chegámos a Chimoio, ele começou a aumentar velocidade e, quando chegámos aqui, só ouvi os gritos, porque senti o embate e, depois, vi outros passageiros a descerem pelas janelas”, disse, visivelmente traumatizada, uma das sobreviventes que se identificou pelo nome de Onila.
Além de mortos e feridos, o acidente, que provocou um enorme congestionamento nas duas faixas de rodagem ao longo da Estrada Nacional Número Seis, chegando a perfazer mais de 10 quilómetros nos dois sentidos, causou danos avultados nas duas viaturas, segundo Adelina Chinaca, chefe da brigada da Polícia de Trânsito em Gondola.
“A causa do acidente foi a ultrapassagem por parte do autocarro. Só que, à sua frente e na faixa contrária, vinha o camião e embateram-se mesmo na ponte. Tivemos aqui registo de dois mortos, por sinal ocupantes dos dois carros envolvidos no sinistro e um ferido grave, além de nove feridos ligeiros”, disse Adelina Chinaca, referindo que “os feridos, tanto os ligeiros, como os graves, tiveram de ser encaminhados para o Centro de Saúde de Inchope”.
Entretanto, por causa de acidentes recorrentes no país e que quase diariamente semeiam luto nas famílias, Chinaca aproveitou a reportagem do “O País” para “apelar a todos os condutores para que, quando se fazem às estradas, pautem pela condução defensiva e sigam, rigorosamente, as normas elementares de condução”, apontando essa como principal arma de combate à sinistralidade rodoviária.