Fonte: O País
A Presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, apela ao Município de Maputo para reassentar em local seguro as 22 famílias que perderam as suas casas em consequência do incêndio. Entretanto, a edilidade já dissera que vai construir as casas com recurso a material convencional.
O dia começa com trabalhos domésticos no Centro de Desenvolvimento Comunitário de Chamanculo “D”, onde estão acolhidas as 22 famílias vítimas do incêndio.
A fumaça na cozinha improvisada é o indicativo do preparo da primeira refeição do dia, enquanto isso os homens trabalham na limpeza e organização dos depósitos de água.
As crianças, para além de brincar, ajudam nos trabalhos domésticos, mas também é imperioso garantir a limpeza dos dormitórios colectivos.
Quando o dia desta segunda-feira ganhava o seu rumo normal, chegou a comitiva dos deputados da Assembleia da República do partido Frelimo, pelo círculo eleitoral da Cidade de Maputo. À frente dos mandatários do povo, estava Esperança Bias, Presidente da Assembleia da República, que anunciou o apoio.
“Temos meia tonelada de farinha de milho, 150 kg de arroz, 20 kg de açúcar, mil máscaras de pano, 50 panelas, 200 pratos, um fardo de roupa e demais produtos”, explicou Esperança Bias.
Terminado o arrolamento das oferendas, Bias, que conversou com as vítimas, lançou um vigoroso apelo ao Município para que encontre uma solução duradoura às famílias afectadas.
“Queria recomendar e apelar ao Município de Maputo para que veja, dentro dos planos de requalificação do bairro Chamanculo, a possibilidade de encontrar um espaço onde as famílias possam reerguer as suas vidas”, disse.
No entanto, para o Município de Maputo, através da vereação do distrito municipal de KaLhamanculo, a solução é a reconstrução do local. As casas, segundo Zeferino Chioco, vereador municipal, serão feitas com base no material convencional, isto é, feitas de blocos e cobertas por chapas de zinco.
E para quem perdeu tudo, toda ajuda é bem-vinda. Elsa Fernando e Oldina Américo, duas das beneficiárias que falaram ao jornal “O País”, disseram que a ajuda que têm recebido contribui, em grande medida, para minorar o sofrimento das suas famílias.