Contrato do treinador termina em junho e convite para renovar passará pela próxima Direção; Pinto da Costa e André Villas-Boas pretendem mantê-lo no cargo se vencerem as eleições; Foco do técnico está, por agora, focado na Liga, Taça e Champions
Fonte: A Bola
Há um compromisso de ética entre a atual Direção e o técnico para não se abordar esse tema neste momento, pois Pinto da Costa irá enfrentar o maior adversário de sempre nas urnas. André Villas-Boas já disse publicamente que se vencer o ato eleitoral irá sentar-se posteriormente à mesa com o treinador para aferir da sua vontade de permanecer, mas também não quer aflorar muito esse assunto, por forma a não mexer com a estabilidade do grupo de trabalho, que neste momento — e essa é a grande preocupação de Sérgio Conceição — está focado apenas e só na conquista do campeonato e da Taça de Portugal e na continuidade na Champions League.
A BOLA sabe que Jorge Mendes, que agencia a carreira do técnico do FC Porto, tem sido abordado por alguns clubes estrangeiros e a possibilidade mais recente que se colocou foi o Barcelona, uma vez que Xavi já comunicou publicamente que deixará o emblema da Catalunha no final da presente temporada. Pinto da Costa apostou em Sérgio Conceição em 2017 e em boa hora o fez, uma vez que, desde então, o FC Porto quebrou a hegemonia patenteada na altura pelo Benfica e evitou, na época 2017/2018, que o rival da Luz alcançasse o inédito pentacampeonato, proeza que apenas os azuis e brancos conseguiram em Portugal.
Na cadeira de sonho, Sérgio Conceição logrou vencer três ligas portuguesas, três Taças de Portugal, três Supertaças Cândido de Oliveira e a inédita conquista de uma Taça da Liga, um pecúlio enorme, a que se juntam duas chegadas aos quartos de final da Champions League e, com isso, muito dinheiro encaixado para os cofres da SAD — 900 milhões de euros — em prémios e jogadores vendidos para o estrangeiro.
DESGASTE NOTÓRIO
Em sete anos, foram inúmeras as vezes que Sérgio Conceição apareceu perante a imprensa a dar o peito às balas, mostrando-se nos momentos mais conturbados por que o clube passou. Essa postura, naturalmente, provocou imenso desgaste ao treinador, muitas vezes aflorando assuntos que deveriam ser comentados em praça pública pela cúpula da SAD azul e branca.
A personalidade do treinador, sempre bastante forte na defesa intrínseca do seu grupo de trabalho e do próprio FC Porto no seu global, faz com que muitas vezes seja um alvo a abater. Este trabalho, com efeito, tem um efeito nocivo, pois deveria ter as condições de apenas trabalhar o grupo de trabalho portista.