Fonte: Notícias
A AUTORIDADE veterinária reviu recentemente as medidas de controlo e vigilância impostas para travar o alastramento da febre aftosa.
Até agora, a febre aftosa foi notificada nos distritos de Magude, província de Maputo, e Angónia, em Tete. Entretanto, nesta última província a medida de controlo foi alargada, com a proibição de movimentação de bovinos, caprinos e suínos para a criação nos distritos de Doa, Tsangano, Marávia, Chifunde, Macanga, cidade de Tete, Moatize e Zumbo, segundo dados partilhados pela Direcção Nacional de Desenvolvimento Pecuário (DNDP).
Devido à situação prevalecente, o sector pecuário proibiu ainda o abate de animais nos matadouros e casas de matança sem condições para a maturação da carne por 24 horas e a concentração de animais sem permissão das autoridades.
A interdição não inclui outras províncias onde não tenham sido notificados casos defebre aftosa.
É permitido, entretanto, movimentar carnes para fora dos distritos de Tete desde que sejam provenientes de matadouros com condições de maturação por 24 horas e ou de explorações vedadas após inspecção da autoridade.
Ainda no quadro das medidas visando ao controlo da doença, as autoridades continuam a intensificar a fiscalização e trânsito de animais, em coordenação com a Polícia da República de Moçambique (PRM) e de Protecção de Recursos Naturais.
As autoridades decidiram ainda vacinar bovinos em risconas áreas adjacentes aos focos, num raio de 30 quilómetros,além de limpeza e desinfecção dos veículos após a descarga de animais.
A febre aftosa é considerada uma das doenças transfronteiriças de bovinos, caprinos, ovinos e suínos mais importantes no mundo.
Esta classificação deve-se à sua rápida transmissão e propagação dentro de um país e até fora deste, com impactos económicos negativos devido à imposição de medidas que impedem o acesso ao mercado não só de produtos pecuários, como também dos excedentes agrícolas.