Fonte: Diário económico
A China continua a ser o maior financiador e construtor de grande parte das infra-estruturas de que Moçambique beneficiou nos últimos anos, com destaque para a ponte Maputo-KaTembe e as suas estradas de ligação, incluindo a Circular de Maputo, que emergem como expoente máximo da cooperação, informou este domingo a Agência de Informação de Moçambique.
Como fruto da cooperação chinesa no ramo de infra-estruturas, nos últimos dez anos, adicionam-se a Estrada Nacional Número Seis (EN6), que liga a cidade da Beira a Machipanda, zona centro, a reabilitação dos troços dos caminhos-de-ferro de Moçambique e importantes intervenções no sector mineiro.
A constatação foi feita recentemente através de um documento a que AIM teve acesso, assinado pela delegada de Moçambique junto do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, Francisca Reino, no qual alega que a China é crucial para Moçambique.
“Grande parte das infra-estruturas de que Moçambique hoje beneficia foram construídas por empresas chinesas. A China é crucial para Moçambique”, disse a responsável.
No documento, Francisca Reino evoca o contributo fundamental dado pelo Governo chinês e por várias empresas da China no desenvolvimento de infra-estruturas no seu país natal, ao mesmo tempo que informa os parceiros chineses dos constrangimentos da EN1, estrada que assegura a ligação Maputo-Rovuma e que, neste momento, se apresenta em péssimas condições de transitabilidade.
“A estrada dorsal que liga o Norte ao Sul ainda não está consolidada. É um desafio. Eu diria que a via constitui o pilar de desenvolvimento do País, mas o seu estágio é um desafio”, complementa a representante de Moçambique
A fonte aponta a construção de infra-estruturas como a primeira e mais fundamental peça do quebra-cabeças económico que as autoridades moçambicanas se propõem resolver para alavancar a produtividade do País, reduzir a dependência externa e aliviar a pobreza.
No documento partilhado com o Fórum Macau, a fonte realça o pacote de medidas de aceleração económica adoptado pelo Executivo moçambicano com o intuito de promover uma melhoria do ambiente de negócios e reforçar as estratégias de atracção de capital e de investimento directo estrangeiro.
Para além das infra-estruturas vistas como a chave para o desenvolvimento pelo Governo moçambicano, jogando papéis fundamentais para o crescimento económico do País, o documento aponta a agricultura, a indústria e o turismo como áreas nas quais a cooperação com a China e com entidades chinesas se tem prefigurado fundamental.