Fonte: Diário Económico
Atransição energética tornou-se necessária para salvar o planeta dos efeitos das mudanças climáticas, e para que esse desiderato seja alcançado aconselha-se a adopção de novas atitudes, nomeadamente o fornecimento de energias renováveis, a diminuição das emissões de carbono e a implementação de uma legislação transparente e equilibrada.
Em Moçambique, o Governo tem estado a trabalhar em parceria com a comunidade internacional e com o sector privado no sentido de encontrar soluções acessíveis para alcançar as metas e acompanhar a transição.
Nesta vertente, a presidente da Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER), Mayra Pereira, explicou que mesmo existindo várias opções de energias renováveis, o País ainda enfrenta desafios básicos ligados à sustentabilidade, havendo, por isso, a necessidade de se assumir uma estratégia justa e equilibrada, para que, durante o processo de transição energética, nenhuma parte essencial seja esquecida.
Discursando durante o painel subordinado ao tema “Catalisar uma Transição Energética”, no âmbito da primeira edição do Fórum de Investimento Global Gateway Moçambique – União Europeia (UE), a fonte afirmou que acções colectivas são importantes para a conservação do planeta, pois geram igualdade e conservam o ambiente.
“Moçambique deve começar a criar ideias e transmitir mais conhecimento sobre a questão da transição, e essa é uma matéria importante para o desenvolvimento dos países”, disse.
Intervindo na mesma sessão, a directora de Energia do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Marcelina Mataveia, avançou que o território nacional ainda enfrenta problemas relacionados com a segurança energética, modernização, acesso deficitário à energia e mudanças climáticas, o que, de certa maneira, retarda o desenvolvimento das estratégias aprovadas.
De acordo com a responsável, é preciso que existam mais incentivos para que o País possa acelerar o seu plano e seja capaz de desenvolver ainda mais a sua matriz energética, destacando que o Governo está a trabalhar na implementação de uma legislação favorável.
“Moçambique tem um vasto potencial de energia limpa com destaque para a hídrica, solar e eólica, sem esquecer o gás natural. Assim sendo, estes recursos vão desempenhar um papel preponderante na transição energética e na trajectória do desenvolvimento económico, permitindo que haja mais inclusão e baixas emissões de carbono”, salientou.
“A transição implica uma mudança para o caminho certo em termos energéticos. Por isso é fundamental que haja normas que garantam fiabilidade e modernidade a todos os níveis”, concluiu.
Com o tema “Criando Oportunidades de Negócios”, e a decorrer nos dias 22 e 23 de Novembro com 14 painéis de discussão, o Fórum Global Gateway é um evento organizado em conjunto pelo Governo de Moçambique, a Delegação da UE e a Associação das Câmaras de Comércio Europeias (EUROCAM), que junta várias partes interessadas dos sectores público e privado nacional e europeu, com o objectivo de explorar estratégias para atrair investimentos de qualidade, no âmbito da Estratégia Global Gateway da União Europeia, e dinamizar o comércio entre Moçambique e o mercado europeu.