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Industrialização é aposta para acabar com importações

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Fonte: Ponto Certo

O ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, disse ser desafio do seu sector continuar a trabalhar para dinamizar a industrialização dos produtos alimentares nacionais para acabar com as importações.

Para o efeito, o dirigente referiu ser importante, primeiro, fazer uma análise de competitividade para ver quais as condições e capacidades que as indústrias processadoras nacionais têm para produzir e abastecer o mercado nacional.

Mesquita falava recentemente na cidade de Nampula depois de visitar duas unidades de processamento de farinha de milho fortificada, no âmbito da monitoria do programa nacional “Industrializar Moçambique”, lançado a 6 deste mês em Manica pelo Presidente da República.

O programa visa contribuir para o aumento da produção industrial nacional através do uso da matéria prima local, estimular a produção e reduzir a sua exportação em bruto, bem como gerar emprego e renda especialmente para jovens e mulheres. O governante vincou a necessidade de as indústrias moçambicanas manterem outra dinâmica muito mais forte e agressiva, com vista a atender primeiro às necessidades domésticas, para posterior pensar na exportação. Carlos Mesquita referiu que os altos índices de desnutrição crónica que afectam crianças abaixo de cinco anos, cuja taxas e situa em cerca de 43 porcento em Moçambique é bastante preocupante, justificando-se,por isso,a criação de uma estratégia nacional de fortificação de alimentos, onde junto dos produtores este sector estará sempre atento para ver se de facto os de maior consumo, como é o caso da farinha de milho, farinha trigo, óleo vegetal, açúcar e sal, estão a ser devidamente contemplados com o processo.

“A desnutrição crónica afecta grandemente todos os aspectos que têm a ver com o desenvolvimento das crianças, aspectos cognitivos e depois vai ter impactos negativos na sua carreira escolar e estudantil”,disse Mesquita.

Entretanto, as duas fábricas de processamento de farinha de milho visitadas são a Super Força, com capacidade de produção diária de 80 toneladas, e Star Grian, 50 toneladas. Por outro lado, os respectivos proprietários queixaram-se de custos elevados de consumo de energia e sucessivos cortes, situação que em algumas vezes se reflecte na redução da produção.

A pandemia da Covid-19 também é tida como u m outro grande constrangimento para o pleno funcionamento daquelas unidades industriais.

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