Fonte: O País Online
A empresa Linhas Aéreas de Moçambique explica que a aeronave que tinha avariado no Aeroporto de Tete, na terça-feira, já foi reparada e está em circulação. Sobre o cancelamento do voo, a LAM argumenta que foi uma situação inesperada e que cumpriu todos os procedimentos de assistência aos viajantes. Sobre os compromissos perdidos, a firma diz estar disponível a ajudar a justificar.
A aeronave da empresa Linhas Aéreas de Moçambique avariou, na terça-feira, no Aeroporto de Tete, o que culminou com o cancelamento do voo e a desprogramação de compromissos de cerca de 50 passageiros.
A tripulação até tentou, duas vezes, levantar o voo, mas debalde. A avaria não permitiu.
Esta quinta-feira, a chamada companhia de bandeira justificou-se dizendo que foi uma situação inesperada, detectada no momento do embarque.
“O avião é uma máquina. Sendo uma máquina, no acto do embarque, o avião fez o reset, deu a informação de que tinha uma avaria. Foi, realmente, por motivos técnicos. Sendo motivos técnicos, o piloto achou melhor abortar por causa desses motivos técnicos a que me referi. A equipa técnica central teve de ir a Tete para poder verificar a situação da aeronave. Sendo assim, nós seguimos todos os procedimentos inerentes à aviação, acomodámos os passageiros que estavam nesse voo, demos alimentação e fizemos a programação para o dia seguinte”, justificou Alfredo Cossa, do Gabinete de Comunicação da firma.
Bom, todos os procedimentos inerentes à aviação foram seguidos, conforme avança o responsável, até que se conseguisse viajar, mas não foi só uma reprogramação do voo. Houve perda de compromissos. Entre os passageiros, havia, por exemplo, pessoas que viajavam para a Cidade de Maputo para realizarem exames de admissão e que agora se vêem na obrigação de esperar um ano até à próxima oportunidade.
Sobre estes prejuízos, a LAM reitera que a avaria era inesperada e que, quando muito, pode ajudar os que perderam compromissos a justificar o que terá acontecido.
“Realmente, é de lamentar esta situação, mas são situações fora do controlo da própria companhia. É uma avaria, e a avaria não foi uma situação propositada nem premeditada. Foi uma situação técnica que aconteceu naquele momento. Se for a ver, o avião estava no terreno”, argumentou Cossa, e, quando insistimos em questionar sobre a responsabilidade da companhia nestes casos, o que a LAM disse é que “foram situações fora do nosso controlo. [Quanto aos] exames, o que eu acho que a pessoa deve fazer é: se pretenderem alguma justificação na escola, nós estaremos abertos a fazer uma carta a informar que houve este motivo.”
A firma garante que já houve o devido reparo da aeronave e que, neste momento, retomou a normal circulação.