Fonte: Notícias
Vendedores informais que invadiram os passeios e ruas da vila de Marracuene se recusam a ocupar os espaços indicados nos mercados, alegando que não reúnem condições.
O Governo distrital deu ultimato aos informais para que abandonem, voluntariamente, estes locais para a sua integração nos mercados Massinga, Possulane e Batelão.
Os vendedores alegam que há falta água, sanitários, para além de que não são opção dos potenciais clientes eestão distantes.
“Massinga não tem água.Como é que vamos vender, por exemplo, produtos alimentares como peixe?”, questionou Isabel Matilde.
Estava programada para ontem manifestação de repúdio à actuação da Polícia, tendo sido adiada com a promessa de o Governo apresentar melhores propostas nos próximos dias.
Ilda Magaia, vendedora de refrigerantes, afirmou que a Polícia usa violência para obrigar os vendedores a retirar-sedas ruas.
“Queríamos fazer manifestação porque as autoridades prometeram negociar connosco e, mesmo assim, somos frequentemente agredidos e nossas mercadorias aprendidas”, explicou.
Fonte da Administração de Marracuene disse, na condição de anonimato, que não haverá negociação com os informais, que já foram intimados a abandonar os passeios por questõesde segurança e para devolver a estética àvila.
“Eles podem usar água e blocos sanitários do Mercado do Peixe,que está bem próximo deMassinga e Batelão”, justificou.
Enquanto isso, o município da Matola, província de Maputo, dá mais uma semana aos vendedores de material de construção nas bermas das estradas para apresentarem documentos em sua defesa, adiando a retirada compulsiva, cujo início estava aprazadopara ontem.
Segundo Edy Mureheira, director de Construção e Urbanização, os operadores foram advertidos por várias vezes, tendo tido três meses para a sua retirada voluntária.
Até ontem, data prevista para a tomada de medidas administrativas, nenhum operador havia acatado o apelo da edilidade.
Explicou que o município está a fazer de tudo para que os envolvidos não se queixem da actuação da edilidade.
“Começámos a visitar os estaleiros e notificámos os operadores para se dirigirem ao município com vista a provarem a legalidade de exercício do negócio”, disse.
Garantiu que os proprietários legalmente autorizados e com documentos em dia vão ser orientados a mudar de actividade, desenvolvendo outras que não chocam com a postura urbana.