Fonte: Mznews
Moçambique é o sexto pior país do mundo, num conjunto de 203, com elevado risco de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, segundo o International Centre for Asset Recovery, citado pelo Centro de Integridade Pública (CIP).
Para o CIP, esta classificação, que consta do Basel AML Index, sinaliza a vulnerabilidade do país para a ocorrência desses crimes e as dificuldades que poderá enfrentar sair da lista do GAFI no próximo ano.
A par de outros países africanos, apesar de ter registado melhoria em sete das 15 recomendações submetidas para avaliação do Grupo de Combate ao Branqueamento de Capitais da África Oriental e Austral (ESAAMLG), “o país não registou progressos assinaláveis no sentido do cumprimento das recomendações feitas pelo GAFI desde 2019”.
No documento, que analisa a variação na classificação do país no Basel AML Index dos últimos cinco anos, entre 2019 e 2023, o CIP entende que Moçambique tem sido mal classificado. Aliás, há uma tendência do país em não cumprir as recomendações do GAFI.
Neste sentido, o Centro antecipa que a permanência de Moçambique na lista cinzenta do GAFI não deverá constituir surpresa, até porque a sua integração na lista cinzenta “não foi ao acaso, e sim, resultado da falta de comprometimento do Governo no combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo com recurso a medidas concretas”.
“Ao permanecer na lista cinzenta do GAFI, ou seja, sob vigilância reforçada, o país enfrenta a ameaça de sanções, tais como restrições aos seus credores no acesso ao sistema financeiro mundial e um atraso nas transacções globais”, refere a análise.