Fonte: 360Mozambique
O governo planeja recorrer ao financiamento público e privado e à emissão de dívida soberana para a materialização da Estratégia de Transição Energética (ETS), uma vez que são necessários investimentos avaliados em 80 bilhões de dólares.
“Dada a magnitude do financiamento necessário para implementar o ETS, várias fontes de financiamento e instrumentos financeiros serão usados, incluindo instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais. Para a utilização da dívida soberana, será essencial coordenar os esforços para que a capacidade da dívida do país não seja comprometida e que a estratégia de financiamento seja adaptada à realidade fiscal de Moçambique”, explica o documento aprovado pelo Executivo no ano passado.
De acordo com o governo, o ETS representa uma visão ambiciosa para transformar e expandir o sistema de energia do país que proporcionará um impacto significativo e duradouro sobre as pessoas, impulsionará a industrialização e apoiará os esforços regionais e globais para combater as mudanças climáticas.
“Assertir financiamento para os principais ativos e equipamentos de infraestrutura é vital para alcançar esse objetivo. Os programas ETS envolvem uma variedade de investimentos e necessidades, desde projetos de infraestrutura até custos de equipamentos. Você tem que ter uma barragem hidrelétrica ou soluções de cozimento limpas e implementar reformas regulatórias”, esclarece ele.
“A estimativa inicial indica que os investimentos necessários para o ETS exigem 80 bilhões de dólares entre 2024-50. A maior parte do financiamento antes de 2030 irá para o setor de eletricidade, com a energia hidrelétrica e a expansão da rede representando a maior parte”, ressalta ele.
O desenvolvimento de parques eólicos fotovoltaicos e terrestres para se conectar à rede nacional também representou investimentos importantes, mas exigirá financiamento após 2030.