Fonte: O País
O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse hoje, durante a abertura do Primeiro Conselho Nacional de Coordenação entre os Órgãos Executivos de Governação Descentralizada Provincial e Sectores de Nível Central, que os dirigentes devem ter pavor da corrupção, visto tratar-se de um mal que retarda o progresso do país.
Filipe Nyusi, que falava aos secretários de Estado, governadores, presidentes dos Conselhos Municipais e funcionários do Estado, disse ainda que a transparência, a boa-governação e a prestação de contas não compactuam com a corrupção, pelo que os dirigentes não deviam ter medo de efectuar auditoria nas suas instituições.
Indo ao encontro do lema escolhido para o evento, “Por uma Governação Local Coordenada ao Serviço do Cidadão”, o Chefe do Estado não poupou os presentes, tendo-lhes dito que “não podemos assistir passivamente a nossa província e o nosso país a serem catalogados como terra de corruptos”.
Durante a sua intervenção, o Presidente da República avançou que a província de Nampula é a que mais processos de corrupção tem em todo o país, seguida pela cidade e província de Maputo.
Por outro lado, as províncias de Gaza, Zambézia e Tete foram apontadas como as que menos processos ligados à corrupção registam.
Numa avaliação sobre corrupção, feita a um universo de 160 países, Moçambique, segundo Filipe Nyusi, foi considerado um dos Estados mais corruptos, facto que, para o Estadista moçambicano, contribui para a descredibilização do país e retarda o seu desenvolvimento.
Face à situação, o Presidente da República emitiu uma ordem: “Vamos trabalhar! Se cada um fizer um pouco só, vamos virar isso”. Nyusi vai mais a fundo. “A corrupção é uma doença que tem corroído a nossa sociedade e retarda o desenvolvimento do nosso país”.
No seu discurso, o Chefe do Estado apelou aos dirigentes das diferentes instituições do Estado para trabalharem em estreita colaboração e coordenação, de modo a garantir-se estancamento das assimetrias no desenvolvimento do país.