Fonte: Vertical
Morreu na passada sexta-feira em Quelimane, província da Zambézia, o conceituado locutor da Antena Nacional da Rádio Moçambique. Paulo Brito, vítima de doença. Entretanto, nesta segunda-feira na cidade de Quelimane, vão a enterrar os restos mortais de Paulo Brito.
A informação foi confirmada na manhã deste domingo à Rádio Moçambique por Maria do Carmo Brito, irmã do malogrado.
Visivelmente emocionada, Maria do Carmo disse à RM que a morte de Paulo Brito surpreendeu a todos, uma vez que até a passada sexta-feira, manifestava sinais de melhoria. “Almoçou e conversou, até cantou para a família, não sei se era a despedida. Foram as últimas palavras deles, tenho uma música de Roberto Carlos que quero cantar, cantou para nós e deixamo-lo bem disposto e voltamos para casa. O último momento que estive com o meu irmão, saí de lá eram 14.30h de ontem (sexta-feira), estava bem disposto, despedi a ele e disse que voltaria às 16 horas . Ele disse vai, vou ficar a descansar. Ás 16 horas, a caminho do Hospital, recebo uma chamada a dizer que eu tinha que comparecer no Hospital porque ele estava a passar mal, só que chegamos no Hospital e deram-nos a notícia, que ele passou mal e foi-se “.
Maria do Carmo disse ainda que a urna contendo os restos mortais do malogrado será transferida por volta das 10 horas do Hospital Central de Quelimane até à residência dos pais, no bairro Piloto, onde terá lugar a missa do corpo presente, para depois partir o cortejo fúnebre, por volta das 14 horas, em direcção ao Cemitério.
Alguns ouvintes e fãs de Paulo Brito, entrevistados pela Rádio Moçambique, em Quelimane, afirmaram que a voz e a paixão pela promoção da música ligeira moçambicana, continuará a ser lembrado pelos amantes da Rádio.
“Paulo Brito simbolizava a comunicação social, era uma figura incontornável cuja voz, dedicação e empenho, tudo o que transmitiu aos ouvintes acaba sendo algo que fica timbrado nos corações” disse Fidel Castigo, um dos fãs de Paulo Brito.
Por seu turno, Quim Monteiro, do Emissor provincial da Rádio Moçambique, na Zambézia, diz que Paulo Brito era mais que um colega: “Foi um irmão, um aconselhador e acima de tudo um profissional que na Rádio me ensinou uma coisa; lutar pelo brio profissional e não para assumir cargos, seja quais fossem “, afirmou.
Por sua vez o jornalista freelancer, Tavares Brás, lembra Paulo Brito da seguinte forma: “Da Rádio Cidade deu um passo gigantesco para a Antena Nacional. Bom timbre de voz, bom sotaque. Não era locutor para dizer horas e pôr música, Paulo Brito era um animador de cabine, sublinhe-se isso” disse.
Sublinhar que Paulo de Azevedo Brito foi admitido para os quadros da Rádio Moçambique em 1998 tendo sido afecto na Rádio Cidade e em 2006 transferido para a Antena Nacional onde ascendeu a categoria de Locutor Principal. Paulo Brito perde a vida aos 55 anos de idade.
O VERTICAL apresenta ao Conselho de Administração da Rádio Moçambique, aos trabalhadores e à família enlutada as mais sentidas condolências.