Fonte: Carta Mz
Com o relativo silêncio das armas na vila-sede do distrito de Palma, norte da província de Cabo Delgado, desde que as forças ruandesas, em conjunto com as moçambicanas, conseguiram expulsar os terroristas das redondezas daquela sede distrital, a população começa a regressar timidamente às suas residências.
De acordo com as fontes da “Carta”, grande parte da população que começa a regressar àquele ponto do país estava refugiada na vila de reassentamento de Quitunda, na Península de Afungi (nas proximidades do projecto Mozambique LNG, liderado pela petroquímica francesa, Total), o único ponto tido como seguro naquele distrito, após o ataque terrorista do passado dia 24 de Março.
Uma das pessoas que regressou à vila de Palma é Aruna Nchute, que garantiu não ter testemunhado nenhum novo confronto entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e o grupo terrorista. Entretanto, sublinha que “não há actividades que nos possam garantir dinheiro”.
Porém, nem todos pensam em regressar a Palma tão já, alegando não estar devidamente restabelecida a segurança naquela vila distrital. Por isso, algumas pessoas querem ainda se manter na vila de reassentamento de Quitunda e outras ainda procuram caminhos para chegar à cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.
Referir que, na semana finda, o Secretário do Estado, António Supeia, esteve na vila de Palma, onde garantiu que o Governo está empenhado em restabelecer a vida naquela sede distrital, a começar pelo restabelecimento dos serviços públicos.