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Porto de Nacala Atinge Número Recorde ao Manusear 3,1 Milhões de Toneladas em 2023

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Fonte: Diário económico

O porto de Nacala, localizado na província de Nampula, norte de Moçambique, atingiu no ano passado um número recorde ao manusear 3,1 milhões de toneladas de carga diversa. De acordo com os responsáveis, os resultados positivos estão associados aos trabalhos de reabilitação e modernização das infra-estruturas.

“Em 2023, manuseámos 3,1 milhões de toneladas, que é o recorde já manuseado no porto de Nacala. Este valor global representa 103% daquilo que foi o plano traçado para o ano passado”, declarou nesta quinta-feira, 25 de Janeiro, o director do porto, Naimo Induna.

De acordo com o responsável, a modernização e reabilitação dos três terminais da infra-estrutura, abriram novas perspectivas, num momento em que aumenta o número de operadores regionais que procuram alternativas face à pressão sobre os portos de Durban e de Richards Bay, na África do Sul.

O director recordou que actualmente o porto de Nacala tem capacidade para manusear 10 milhões de toneladas de carga por ano, assinalando que a localização geográfica “privilegiada” abre caminho para “alimentar” os mercados do Médio Oriente e da Ásia.     

“Aliado a esta posição geoestratégica está o facto de o porto ter uma baía natural protegida e, mais ainda, ter profundidades naturais grandes. O canal de acesso é de cerca de 60 metros de profundidade, 800 metros de largura, o que quer dizer que não tem qualquer limitação para receber navios 24 horas por dia”, acrescentou.

No entanto, apesar do potencial existente, Naimo Induna destacou que ainda existem desafios: “são necessárias mais estradas e ferrovias, sobretudo para um melhor aproveitamento de países da região sem acesso directo ao mar”.

“Queremos garantir que o porto de Nacala se torne no principal para outros países do hinterland, como algumas regiões do Zimbabué e da República Democrática do Congo”, declarou.

A reabilitação da infra-estrutura, inaugurada em Outubro pelo chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, custou mais de 250 milhões de euros, um financiamento da Agência Internacional de Cooperação do Japão (JICA).

A empresa pública Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) passou a gerir o porto em Janeiro de 2020, quando terminou a concessão ao Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN), uma sociedade anónima que operava a infra-estrutura desde 2005.

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