Fonte: Esquento
Os presidentes de Moçambique, Filipe Nyusi, e do Botsuana, Mokgoetse Masisi, lançam esta segunda-feira 9/8, oficialmente, a missão da Força em Estado de Alerta da SADC contra os grupos armados no norte de Moçambique, anunciou ontem a Presidência da República moçambicana.
“O ato irá constituir o ponto mais alto da materialização das decisões da Cimeira Extraordinária da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral [SADC] realizada em Maputo, a 23 de junho de 2021, e assinala a plena prontidão para o desdobramento no Teatro Operacional Norte, no sentido de apoiar a República de Moçambique no combate ao terrorismo e extremismo violento que assolam alguns distritos da província de Cabo Delgado, com impacto no país e na região”, refere a nota de imprensa.
Não é publicamente conhecido o número de militares que a organização vai enviar a Moçambique, mas peritos da SADC, que estiveram em Cabo Delgado, já tinham avançado em Abril que a missão deve ser composta por cerca de três mil soldados. As Forças de Defesa e Segurança de Moçambique contam, desde o início de Julho, com o apoio de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali.
O Ministério da Defesa de Moçambique confirmou ontem a reconquista da vila de Mocímboa da Praia pelas forças conjuntas moçambicanas e ruandesas, avançando que os combates continuam para a “consolidação das zonas que prevalecem críticas”.
Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Na sequência dos ataques, há mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas.