Fonte: Notícias
Pelo menos mais três centros distribuidores de água deverão ser construídos na região metropolitana do Grande Maputo dentro de quatro a cinco anos, num esforço governamental de universalizar o acesso ao recurso seguro e de qualidade até 2030.
Os novos centros distribuidores estão a ser projectados para as localidades de Mulotana, no distrito de Boane, Matola-Gare, no município da Matola, e Marracuene, estando-se neste momento no processo de mobilização de financiamentos para o arranque das obras.
A empresa Águas da Região Metropolitana de Maputo (ARMM), que gere o sistema público, garante estar-se a fazer de tudo para que as obras arranquem dentro deste intervalo, para o alívio de milhares de famílias que continuam sem acesso fácil a este recurso.
João Francisco, director de Distribuição em Baixa na ARMM, não entrou em detalhes quanto ao estágio dos preparativos, garantindo, porém, que já foram desenhados os projectos para a construção dos três centros distribuidores, decorrendo a busca dos fundos necessários.
Acrescentou que embora o objectivo seja de levar água a toda Região Metropolitana de Maputo, o Centro Distribuidor de Mulotana é prioritário, tendo em conta a crise que se regista na zona e o consequente sofrimento a que a população local está votada.
Aliás, disse que mesmo sem o centro distribuidor a zona de Bili, as imediações da fábrica de painéis solares e alguns pontos da localidade já recebem água da rede pública, graças a “manobras” feitas na rede. Entretanto, lamentou não ser possível dar água a todos, devido a limitações do sistema.
Em Junho o sistema de abastecimento de água ao Grande Maputo foi reforçado na capacidade de produção diária, saindo de 240 mil metros cúbicos para 300 mil, graças à entrada em funcionamento da Estação de Tratamento de Sábiè, na Moamba. Igualmente, a capacidade de armazenamento aumentou em 15 mil metros cúbicos, após a inauguração dos centros de Guava, em Marracuene, e Mathlemele, na Matola.
Com estes dois centros, mais 16 bairros passaram a ter água da rede pública, mas o avanço é visto por alguns sectores como duplicação de esforços, pois os mesmos pontos já vinham sendo abastecidos por operadores privados.