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Renamo acusa forças governamentais de perseguição aos antigos guerrilheiros

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Fonte: Esquento

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) acusou ontem (18) as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique de perseguirem os antigos guerrilheiros do principal partido da oposição, em Sofala, centro do país, alertando que isso pode ameaçar o acordo de paz.

“O que encontramos aqui é um cenário muito negativo, porque elas [as FDS] intimidam os nossos quadros”, declarou Ossufo Momade, presidente da Renamo, durante uma reunião com quadros do partido, na cidade da Beira, capital da província de Sofala.

Segundo o líder da Renamo, as forças governamentais acusam antigos guerrilheiros de colaborarem com a Junta Militar, uma dissidência armada da organização acusada de protagonizar ataques na região norte.

“As FDS vão lá para as localidades Macorococho e Gruja, atrás dos nossos membros, alegando que os desmobilizados são colaboradores do Mariano Nhongo [líder da junta], o que não é verdade”, afirmou Ossufo Momade.

Momade sustentou que a hostilidade em relação aos antigos guerrilheiros da Renamo pode comprometer o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado em 06 de agosto de 2019 entre o Governo e o principal partido da oposição. “Se continuarem a perseguir os nossos membros e eles responderem eu não sei onde isso vai parar, ninguém vai conseguir parar este vento”, declarou.

A Polícia da República de Moçambique em Sofala demarcouse das acusações, considerando-as infundadas. “É claramente uma acusação que não constitui verdade”, disse à Lusa o porta-voz da polícia em Sofala, Daniel Macuacua, remetendo um pronunciamento mais detalhado para o comando provincial de Sofala.

As acusações da Renamo surgem numa altura em que está em implementação o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) de guerrilheiros da Renamo, no quadro do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, assinado há dois anos. O entendimento foi o terceiro entre o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e a Renamo, tendo os três sido assinados na sequência de ciclos de violência armada entre as duas partes. No âmbito do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, pouco mais de metade dos cerca de cinco mil guerrilheiros da Renamo foram abrangidos pelo DDR, sendo que alguns foram incorporados nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas. O acordo é contestado pela Junta Militar da Renamo, ao qual são atribuídos ataques a alvos civis e do Estado no centro do país, com um saldo pelo menos 30 mortos, desde agosto de 2019.

O grupo, chefiado por Mariano Nhongo, um general da guerrilha da Renamo, acusa a atual liderança do partido de ter traído os ideais do falecido presidente da organização Afonso Dhlakama nos compromissos que assumiu com a liderança do executivo da Frelimo.

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