“O trabalho estava pronto” para ser concluído, afirmou Hassan Rohani sobre as negociações para salvar o acordo internacional sobre o nuclear iraniano de 2015, durante uma reunião transmitida pela televisão.
Sublinhou ainda que o seu governo “fez o que era necessário” para que as sanções dos Estados Unidos fossem suspensas.
Teerão e as grandes potências iniciaram em abril discussões para salvar o acordo moribundo depois dos Estados Unidos o terem abandonado em 2018 e o Irão em resposta ter deixado gradualmente de cumprir as suas obrigações desde 2019.
Já se realizaram seis séries de negociações, a última das quais terminou a 20 de junho em Viena, entre o Irão e os países ainda signatários do acordo (França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China). Não foi precisada qualquer data para o recomeço das discussões.
“Esperamos que a 13.ª administração consiga concluir esse trabalho”, disse Rohani, que no início de agosto deve entregar o poder ao novo Presidente eleito, o ultraconservador Ebrahim Raissi.
O moderado Rohani tinha dito no início de junho ter esperança de conseguir chegar a acordo para relançar o acordo antes do final do seu mandato.
No final de junho, os Estados Unidos e a França advertiram o Irão de que se estava a esgotar o tempo para salvar o acordo, tendo Teerão respondido imediatamente que o destino do pacto dependia sobretudo de uma “decisão” das “partes contrárias”.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse pretender que o seu país voltasse ao acordo e Washington está envolvido em negociações indiretas com Teerão.
Na República Islâmica, no entanto, o Presidente tem prerrogativas limitadas, dado o essencial do poder estar nas mãos do líder supremo, o ayatollah Ali Khamenei, o último decisor nomeadamente na questão nuclear.
Fonte: Notícias ao minuto