Home Rui Costa: “A última vez que falei com o Luís Filipe Vieira foi no dia antes de ser detido”

Rui Costa: “A última vez que falei com o Luís Filipe Vieira foi no dia antes de ser detido”

por karinganakaringana
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Fonte: Jornal de Notícias

Rui Costa, presidente do Benfica

Rui Costa deu esta quinta-feira à noite à TVI a primeira entrevista no dia em que completa 20 dias como presidente no Benfica, na qual aceitou abordar a operação cartão vermelho, o empréstimo obrigacionista, a preparação da época, entre outros temas da atualidade do clube.

“Antes de falar sobre os motivos que me trouxeram aqui, quero mandar um forte abraço para a família do Doutor Bento Leitão, um médico do Benfica que esteve na casa mais de uma década, foi ainda meu médico enquanto jogador e que partiu ontem, um forte abraço para a família e o meu obrigado. Um homem que foi extraordinário e fez trabalho extraordinário no Benfica. Quanto à última vez que falei com o Luís Filipe Vieira, foi na terça-feira no dia antes de ele ser detido, no dia seguinte quando cheguei ao Seixal já não o vi. Foi uma conversa normal sobre um dia de trabalho”, começou por dizer o antigo jogador, que antes de chegar à presidência do clube foi diretor desportivo, administrador e vice-presidente.

A reação à notícia da detenção foi de choque para Rui Costa. “Fiquei perplexo, assim como qualquer pessoa que lidasse com ele ou até mesmo qualquer benfiquista. Jamais poderia pensar passar aquela quarta-feira, jamais podia adivinhar ou sonhar que naquele mesmo dia em que acordei para desempenhar o meu trabalho no Seixal Campus que o dia acabasse como acabou e que o presidente Filipe Vieira pudesse ser detido. Jamais poderíamos pensar tal coisa e foi uma emoção dramática quando soubemos o que se estava a passar com ele”.

E prosseguiu: “Infelizmente, no Benfica, temos tido nos últimos tempos várias buscas e vários processos, não vou estar aqui a escondê-lo, nenhum dele até hoje originou qualquer criminalização o que quer que fosse. E na altura a perplexidade de mais uma busca, neste caso ao presidente, foi pensando sempre que fosse de processos que já estavam em curso. Quando soubemos da detenção do presidente, no Seixal Campus, desde jogadores, treinadores e funcionários, foi um abalo completo no que estava a acontecer no dia a dia da equipa de futebol”.

“Naquele dia foi um choque para todos nós, foi um dia dramático para todos, jamais pensamos acabar o dia como acabámos. Não só envolvia o Luís Filipe Vieira como pessoa, mas também como presidente do Benfica, portanto era inevitável que o desagrado e a perplexidade do que estava a acontecer fossem enormes. Custou até a aceitar, nos primeiros dias, a toda a gente que ali trabalha a aceitar o sucedido e demoramos algum tempo a aceitar. Parecia surreal, parecia um filme daqueles que não queríamos assistir”, recordou.

Apesar da detenção, Rui Costa, frisa que ainda não há acusados. “A minha esperança, quer para o cidadão quer para o presidente Luís Filipe Vieira, pois significaria que o Benfica também não estaria envolvido em nada, que o processo não passe disto”, disse.

Sem tempo para pensar no desafio

Com a “batata quente nas mãos”, o novo presidente das águias, confessa que “não houve muito tempo para pensar” quando teria condições para assumir o cargo de responsável máximo. “Houve tempo para analisar o que estava à nossa frente e o facto de não poder recuar num compromisso desses de forma nenhuma e de fugir à responsabilidade, pois era o número 2 da direção. Isto passou-se na quarta-feira, e na sexta-feira há reunião da Direção e a minha apresentação como presidente. Nesse mesmo dia, acordo como diretor desportivo e fui em direção ao Seixal para estar perto da equipa e treinador e acabo presidente do Benfica. Não houve muito tempo para pensar, houve que assumir responsabilidade à qual não conseguiria fugir, sobretudo num momento como este. Não era de todo aquilo que agradava naquele dia, mas ao mesmo tempo não podia tomar outra opção que não seguir em frente e assumir destinos do clube”.

Rui Costa foi também questionado porque é que de um momento para o outro se criou um “cordão sanitário” em redor de Luís Filipe Vieira, como se ninguém o conhecesse. E explicou: “Compreendo que na cabeça de muita gente possa fazer sentido. Mas não foi de todo a exclusão de Vieira do Benfica. Isso nunca será feito. A obra que Luís Filipe Vieira fez no Benfica nunca será apagada. A história dará os méritos pelo trabalho que fez e pela obra que deixou feita. Permita-me que naquele momento, e como ninguém está acima do Benfica, no meu discurso o único que se pretendeu foi defender o clube de forma intransigente. Estávamos, naquele período, no meio de um empréstimo obrigacionista e em negociações com vários jogadores e clubes para entradas e saídas. O facto de não ter sido referido Luís Filipe Vieira não foi para apagar da história do Benfica, mas foi a pensar unicamente no presente e futuro do Benfica, mostrando que não vazio entre presidências. Pessoalmente não esqueço Luís Filipe Vieira, até pela ligação humana que tenho com ele. Não houve a intenção de o excluir do que quer que fosse, houve sim a prioridade de defender os interesses do Benfica naquele momento”.

Figura de referência do clube desde os tempos de jogador, o “maestro”, como era apelidado, não teve receio de beliscar a imagem que os sócios têm dele. E justifica: “Seria o mesmo tumulto se tivesse evidenciado Luís Filipe Vieira naquele dia. Naquele momento pouco importava Rui Costa ou Luís Filipe Vieira, importava a defensa intransigente do Benfica. Tenho a certeza que Luís Filipe Vieira faria o mesmo comigo. Apesar das relações pessoais e reconhecimento que temos uns pelos outros, nenhum de nós está acima do clube. Naquele momento, o clube precisava de ser defendido, de ter alguém que assumisse a responsabilidade de liderar o clube naquele instante e que não o deixasse no vazio, principalmente no decorrer de um empréstimo obrigacionista que era de extrema importância para o clube”.

A explicação sobre a empresa Footlab

Sobre as relações entre Benfica e a empresa Footlab, da qual Rui Costa e um dos filhos são sócios. “Tentei dar pouco importância, não considero de outra forma que não uma canalhice. Não justifica que possa valer tudo para denegrir a minha imagem. Considero que foi uma canalhice”.

Para esclarecer os sócios, Rui Costa explicou o que é a empresa: “O Footlab não é nenhuma casa de agenciamento de jogadores. É um espaço tecnológico aberto ao público que tenho em Carnaxide, serve para festas de anos, de clubes, para divertimento, não para agenciamento de jogadores. Colar-me a isso não deixa de ser canalhice, e acredito que as pessoas que referiram isso sabem perfeitamente o que é o Footlab. Foi um negócio que criei para futuro dos meus filhos., não tenho nada a esconder e não preciso de tirar de lá o meu nome. Querermos juntar um espaço aberto ao público para alugar de campos com uma agência de jogadores não faz o menor sentido”.

“Mesmo nesta posição, tenho o maior orgulho de ter sido um dos ídolos da massa associativa do Benfica, mas não me deixa imune às criticas enquanto dirigente e presidente, como agora. Quero ser avaliado como presidente e não como ex-jogador e menino do Benfica que cresceu no clube. Há coisas que não me conseguem tocar: na minha honra e relação de amor com este clube. Não preciso de trazer os meus contratos de vida para justificar a minha relação de amor com este clube. Não preciso de recuar ao verão de 1993 ao ano que regressei ao Benfica para agora estar a fazer negócios com o Benfica. O Footlab não é só meu e dos meus filhos, é de mais dois sócios. A única coisa que tive do Benfica lá foram as escolinhas de verão, mas é um espaço aberto ao público e também tive lá variadíssimas equipas e eventos de toda a espécie. Tomarem isso como uma situação que tiro proveito do Benfica é completamente ridículo”, frisou o novo presidente.

Rui Costa afirma-se “orgulhoso” dos 13 anos de trabalho com Luís Filipe Vieira.”Estive sempre orgulhoso no Benfica. Entrei no clube ainda não tinha nove anos e fiz carreira até aos 22 anos. Estive 12 anos fora e nunca esqueci o Benfica e a forma como regressei ao clube também é. Foi sempre um motivo de grande orgulho trabalhar para o Benfica, servir o Benfica. Foi isso que me fez assumir a responsabilidade. A coisa mais fácil seria não assumir, mas seria a maior cobardia não assumir quer para mim quer para os sócios. Não foi fácil para mim assumir uma situação destas, na apresentação o misto de emoções era tal que causou alguma dificuldade em expressar-me da forma como sou. Porque por um lado estava ciente da posição que estava a assumir e por outro lado pela situação do Luís Filipe Vieira. Compreendo a reação do presidente, assim como tenho a certeza absoluta que ele sabe que jamais seria ingrato para com ele. Neste 13 anos vivemos momentos muito difíceis, mas também momentos muito felizes, não os posso esquecer, nem que foi com ele que regressei ao Benfica”.

Assinaturas em investigação e auditoria

“Que tivesse assinado qualquer documento que me tenha na altura parecido duvidoso de certeza que não. À posteriori, olhando para trás, e não houve incriminação em nada, continua a ser a nossa esperança. O que está a ser investigado prende-se com duas assinaturas, que podem ser assinadas por qualquer um dos administradores disponíveis naquele momento na SAD. Muitas vezes estou no Seixal e os contratos são assinados na Luz”, afirmou o dirigente, continuando: “Em nenhuma circunstância posso pensar que a assinatura documento que não seja verdadeiro. Faz parte da vida de um clube, há contratos para assinar todos os dias, com muito dinheiro, jamais posso pensar que estou a assinar uma coisa que não seja legal pois estou com o objetivo de servir o clube”.

Rui Costa acrescenta que foi pedida uma auditoria, anunciada esta quarta-feira, para dar um sinal de transparência, “para perceber o que se está a passar com este processo”. “Não temos nada a esconder. A transparência é uma das coisas que quero trazer para o Benfica. o Benfica tem que ser falado pelas boas razões e não pelas más razões. Tudo o que seja feito no Benfica deve ser com a máxima transparência para os sócios e adeptos. É a minha primeira premissa enquanto presidente do Benfica. Tem de ser falado pela enorme dimensão que tem e não pelos problemas que possa vir a ter”, salientou.

Eleições até ao final do ano

O atual presidente descarta, para já, qualquer confirmação de uma possível candidatura à presidência. “Neste momento, a minha missão é trazer de novo a estabilidade ao clube e preparar a época desportiva que está à porta. No dia 4, entraremos para na Liga dos Campeões. Os únicos focos prendem-se com a estabilidade que o clube precisa, para podermos ganhar de novo este ano. Toda a gente neste momento que trabalha comigo está proibida de falar em eleições. Não estou a brincar. O que peço é que o clube volte a ganhar estabilidade e que volte a ser competitivo. As eleições vão realizar-se, serão marcadas. Até ao final do ano irão ser efetuadas”, avançou.

No entanto, Rui Costa diz que está concentrado em preparar o futebol, as modalidades e recuperar a estabilidade do clube. “Não tenho tempo para pensar em eleições do clube”, realçou.

A revisão dos estatutos é um tema que também será abordado. “Admito que sim, sendo que não será neste período. Temos de adaptar estatutos às novas realidades e aos desejos dos sócios. Mas tudo a seu tempo. O foco é o que acabei de referir: estabilidade e preparação das equipas. Temos Liga dos Campeões já no imediato e é uma competição em que temos de estar presente. Estes são os meus focos”, acrescentou, dizendo-se “muito orgulhoso por todo o apoio da direção e da administração da SAD”. “Estou empenhado 24 horas por dia para servir o Benfica da melhor forma que posso e sei. Neste momento, seguiremos todos em frente até às eleições”, completou.

Ideias para o clube e o investidor

Embora a ligação de Rui Costa ao Benfica seja profunda, este escusa-se a falar sobre a ideia que tem para o clube e justifica: “Tudo o que tiver a falar sobre pós-eleições é futurologia. Com os anos na casa, aprendi muita coisa boa. Aprendi a estar envolvido no que são as decisões do Benfica. Neste momento, o mais importante não é pensar em eleições, é manter o meu foco para o Benfica. Os nossos adeptos e sócios não querem saber quem vai ganhar as próximas eleições. Querem saber se entramos ou não na Liga dos Campeões. O empréstimo obrigacionista foi uma vitória enorme para o nosso clube, é essencial para a vida dele”.

Sobre o interesse de John Textor na compra de ações, o antigo jogador afirma não ter tido nenhum contacto com ele. “Neste momento, não é oportuno para o Benfica. Haverá eleições em breve, quem está à frente do clube irá dizer se há possibilidade de avançar com alguma coisa. Até pela forma como nasceu o processo, não é oportuno. Nada contra John Textor. Não criou nenhum dano. É mais um adepto que temos. Só depois de falar com ele poderá saber-se, mas os nossos focos não são esses”, defendeu.

Quanto ao empréstimo obrigacionista, reconheceu que “não foi o melhor dos 11 que já fizeram”. “A conjuntura não permitiu que fosse o melhor. Pelas circunstâncias do Benfica [saída de Vieira e pandemia] tememos que não se conseguisse alcançar este resultado, mas com grande esforço e dedicação foi uma grande vitória e para nós, Benfica, foi uma vitória muito importante pelo momento que estamos a atravessar”.

Jesus continuará como treinador e Champions na mira

No que à equipa principal respeita, Rui Costa deixou a garantia de que “Jorge Jesus é treinador do Benfica e continuará a ser”. E prosseguiu: “É o treinador do Benfica e não se pensa noutra coisa. Jorge Jesus é um treinador com enorme sucesso, na época passada coreu extremamente mal a todos, por várias razões. Estamos a partir para a nova época com uma ambição tremenda, que os benfiquistas desejam e o Jorge Jesus é o treinador do Benfica”.

E o primeiro grande objetivo a cumprir é a presença na fase de grupos da Champions. “É fundamental estar na Liga dos Campeões. Um clube com esta dimensão não pode estar fora desta competição. Sem ser hipócrita, em termos financeiros é importantíssimo estar na Liga dos Campeões, mas acima de tudo em termos desportivos. Num clube de dimensão europeia, não podemos pôr a parte financeira à frente”, salientou.

O Spartak Moscovo, adversário na terceira pré-eliminatória, é treinado por alguém que conhece bem o clube: Rui Vitória. “Vamos ter em campo dois treinadores que já tiveram muito êxito no Benfica. Rui Vitória não vai ganhar a Jesus, por a minha convicção é que vamos ganhar e vamos estar na Liga dos Campeões. Não equaciono outro cenário que não este. Com o maior respeito pelo Rui Vitória, pois não podemos esquecer o trabalho que fez. Neste momento, não há outro cenário que não estar na Liga dos Campeões. Já tivemos vários dissabores ao longo dos anos e conseguimos sempre resolver o problema. Financeiramente é importante, mas cá saberemos resolver o problema de outra forma, neste momento o nosso problema tem de passar pelo aspeto desportivo. O Benfica tem de estar na Liga dos Campeões ou sim ou sim”, avançou.

E, independentemente do desfecho da qualificação, o lugar de Jorge Jesus não está em causa. “Ainda nem começamos a época e já se pondera se o treinador fica ou não. Isso para mim não é futebol. Vamos entrar com a maior das ambições, vamos chegar à Liga dos Campeões, que é onde devemos estar, e o Jorge Jesus vai fazer o seu caminho no Benfica, como já fez no passado. Não podemos falhar neste ano”, frisou.

No que às contratações diz respeito, o novo presidente anota que já houve entradas no plantel. “Demos como prioridade preencher o meio-campo. Uma das lacunas identificadas pelo treinador. Trouxemos dois médios, um 6 e um 8, que já podem fazer parte da Liga dos Campeões. O mercado não está fechado só fecha a 31 de agosto. Temos de ser ambiciosos mas cautelosos. Haverá mais mexidas independentemente da Liga dos Campeões até ao final do mercado”, disse.

Relações com os rivais

“Não vou estar aqui com demagogias a dizer que somos amigos. Somos rivais que irão ter da minha parte, e o Benfica é isto, respeito por todas as entidades. Mas vou fazer uma defesa intransigente do meu clube”, anotou.

O litígio em tribunal com o F. C. Porto, por causa da divulgação de emails, foi desvalorizado pelo dirigente.

Sobre a gravação do episódio de “Ironias do Destino”, no estádio da Luz, programa do Porto Canal sobre os 39 anos de presidência de Pinto da Costa, Rui Costa disse não conhecer “os contornos que levaram à autorização dessas filmagens”. “Não posso falar sobre ela, da autorização ou não da gravação das imagens. Se me faz a pergunta diretamente, provavelmente não se faria. Da mesma forma que não fariam no Dragão uma reportagem sobre mim. Neste caso não daria autorização”, atirou.

“Tenho a minha vida futebolística, também ganhei jogos no Dragão e em Alvalade e não pretendo fazer uma coisa dessas comigo. Com todo o respeito que tenha pelos outros clubes, não vejo que seja positivo, nem o drama todo que se está a fazer”, acrescentou.

Reencontro com Vieira e palavra para os adeptos

Num futuro próximo, o atual presidente espera ter a oportunidade de se reencontrar com Luís Filipe Vieira. “Se fosse neste momento, dava-lhe um abraço de muita força e coragem. Para além dos aspetos pessoais, não é nada fácil passar por uma situação destas. Em termos pessoais e do Benfica, não tenho a menor dúvida do que está a sofrer por tudo o que tentou fazer no Benfica. Acima de tudo, se houvesse algo para esclarecer com ele, não tenho a menor dúvida de que não há ninguém no Benfica que me conheça melhor que Luís Filipe Vieira. Ele sabe que eu não sou ingrato. Ele conhece-me ainda eu não era jogador do Benfica. Não vou negar a amizade que tenho com Luís Filipe Vieira”, afirmou.

Rui Costa recordou que inicialmente a relação que teve com Vieira “até era de tutor”. E elucida: “Tinha acabado de jogar e passei a dirigente com ele. Foi um voto de confiança. Foi uma relação próxima, umas vezes de pai e filho, outras vezes de colega. Zangámo-nos muitas vezes, ele sabe disso, pelo caminho. Ele com razões de queixa de mim, e eu dele, mas houve sempre uma grande amizade e respeito”.

As últimas palavras na entrevista dirigiu-as aos benfiquistas. “Quero que entendam o momento que o clube vive e o quão importante é estarmos todos juntos. Vamos começar uma época muito importante para a história do clube, fizemos a melhor aquisição para as nossas equipas, que é o regresso do público aos estádios. Não houve clube no mundo que sentisse tanto a ausência dos adeptos como o Benfica. Tenho a certeza disto como jogador e dirigente. Não enchemos só a Luz, enchemos estádios todos de norte a sul. Essa foi a melhor aquisição, não há nenhum jogador que supere a ausência do nosso público. Percebermos a importância de estarmos todos juntos outra vez e o quanto somos muito mais fortes quando estamos unidos. E que comece já no dia 4. As minhas últimas palavras enquanto jogar no estádio da Luz foram ‘acabo feliz porque acabei no meio da minha gente’ e é assim que quero estar”, finalizou.

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