Fonte: Notícias
A COMUNIDADE de Desenvolvimento de África Austral (SADC) decidiu criar um Centro Regional de Combate ao Terrorismo, que ameaça desestabilizar toda a região.
Trata-se de uma unidade regional que será sediada na Tanzania, com a missão de prestar serviços de consultoria exclusivos e estratégicos à região em matéria de ameaças do terrorismo.
A criação deste centro foi decidida durante a 41.ª Cimeira Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, que teve lugar nos dias 17 e 18 de Agosto corrente, em Lilongwe, no Malawi, país que assumiu a presidência rotativa da organização.
Moçambique participou na Cimeira com uma delegação chefiada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, que passou o testemunho da presidência da SADC ao homólogo malawiano, Lazarus Chakwera.
Na ocasião, Filipe Nyusi recebeu felicitações dos seus homólogos pela liderança exemplar no exercício do seu mandato como presidente da SADC, função para a qual foi investido em Agosto de2020.
O comunicado final do encontro distribuído à imprensa indica que, ainda no que concerne ao terrorismo, a Cimeira recebeu informações actualizadas sobre a situação de segurança na província de Cabo Delgado.
Neste contexto, a sessão saudou os Estados-membros da SADC por disponibilizarem efectivos militares e prestar apoio financeiro para o destacamento da Força em Estado de Alerta para ajudar Moçambique a combater o terrorismo.
A mesma nota indica que a Cimeira aprovou a nomeação de Elias Mpedi Magosi, do Botswana, para o cargo de secretário-executivo da SADC, em substituição de Stergomena Tax, que vinha assumindo o cargo desde Setembro de 2013.
Foram eleitos ainda os estadistas da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, próximo presidente da SADC, e o namibiano Hage G. Geingob, futuro presidente do Órgão de Cooperação para Política, Defesa e Segurança.
Os Chefes de Estado e de Governo da SADC analisaram ainda os relatórios sobre o estado geral sócio-económico, segurança alimentar e nutricional regional, género e desenvolvimento, bem como o combate ao HIV/SIDA na região.
Na mesma esteira foi analisada a materialização do lema da 40.ª Cimeira, ou seja, “SADC – 40 anos construindo a paz e segurança e promovendo o desenvolvimento e a resiliência, face aos desafios globais”.
A Cimeira reafirmou a posição de que a criação do Banco Central e da União Monetária da SADC é um objectivo a longo prazo que deve estar alicerçado na concretização das condições prévias necessárias, nomeadamente a harmonização das políticas fiscais e monetárias dos países da região e maior convergência dos sistemas bancários. Face ao que precede, o Instituto Monetário Africano e o Banco Central Africano devem constituir objectivos a longo prazo, indica a nota.
A Cimeira do bloco regional manifestou preocupação e oposição à decisão unilateral tomada pela Comissão da União Africana de conferir a Israel o estatuto de observador junto da União Africana (UA).