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Severino Nguenha defende criação de políticas para melhorar Ensino Superior no país

por karinganakaringana
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Fonte: O País

O professor catedrático e filósofo moçambicano, Severino Nguenha, defende a criação de políticas do Ensino Superior, directamente ligadas às necessidades do país. Para Nguenha, é tempo de se repensarem as modalidades de formação nos cursos de graduação e pós-graduação, de modo a garantir que os graduados contribuam da melhor forma para o desenvolvimento do país.

Segundo Severino Nguenha, que falava no programa Noite Informativa da STV Notícias, “se quisermos estar à altura dos desafios do tempo, temos de massificar o ensino da ciência e da técnica.”

O filósofo aponta para se olhar com seriedade a formação técnico-científica no país, tal como o fazem os outros países. “Nós temos que pensar que, se Moçambique tem que existir como país resiliente e capaz de entrar em termos competitivos com outros países da região e do mundo, a dimensão que tem que ocupar a ciência e a técnica é deveras fundamental.”

Por outro lado, conforme advoga Severino Nguenha, que também desempenha o cargo de presidente do Conselho de Reitores, o ministério que tutela o Ensino Superior deve avaliar a qualidade do ensino e criar debates sobre as novas perspectivas de formação.

“O facto de os moçambicanos estarem a dizer que o ensino que temos não é de qualidade nos dá conta de que precisamos de melhorar e temos de sentar juntos, não em termos críticos em relação àquilo que foi feito, mas em termos de perspectiva daquilo que é preciso fazer para termos a dita qualidade.”

O também docente universitário critica a pedagogia mimética que tem sido usada em Moçambique: “toda a qualidade de ensino imputativa, que vem do exterior, que é por imitação para responder aos desafios do mercado ou para fazer como os outros, é destinada a meter-nos em dificuldade”.

Nguenha propões como política de educação e visão estratégica a “identificação dos pilares fundamentais, a criação de condições para que a nossa juventude seja suficientemente armada para fazer face ao cenário actual”.

Moçambique tem, em média, 200 mil pessoas a frequentarem o Ensino Superior, número mais baixo da África Austral

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