Fonte: LanceMz
A selecção nacional de futebol de Moçambique viu o Árbitro Assistente de Vídeo, ou simplesmente VAR tirar-lhe a possibilidade de chegar à sua primeira vitória num Campeonato Africano das Nações. É que até ao fim dos 90 minutos de compensação os Mambas estiveram a ganhar por duas bolas a uma, com golos de Witi e Clésio Bauque,mas uma pretensa falta de Domingos Macandza sobre Mostafa Mohamed acabou concedendo uma grande penalidade aos egípcios e Mohammed Salah acabou por salvar a sua equipa de uma derrota embaraçosa.
Por Alfredo Júnior, em Abidjan
Em pleno Estádio Félix Houphoet Boigny, Moçambique registou o seu regresso ao CAN, 14 anos depois de uma ausência em que os Mambas fizeram uma travessia de sucesso que terminou com a determinação dos pupilos de Chiquinho Conde que entraram em falso para o primeiro jogo do Grupo B.
Nos instantes iniciais da partida naquela que foi a primeira descida para o ataque do Egipto, a defensiva moçambicana tremeu e a bola foi parar aos pés de Moustafa Mohamed que não perdeu e atirou a contar e para o fundo das redes de Ernan Siluane que nada poderia fazer para evitar o pior para a sua baliza.
Aos 17 minutos Moçambique esteve perto do empate quando Renildo faz um centro até a cabeça de Witi que não consegue fazer o remate, mas à segunda faz a bola passar a escassos centímetros da baliza de Mohamed Elshenawy.
17 minutos depois, ou seja, aos 34 minutos Moçambique volta a ameaçar a baliza egípcia, com um centro de Gildo pela esquerda para a zona onde estava Witi que desvia a bola em direcção à baliza contrária, mas Elshnaway foi a tempo de desviar para canto num golpe de rins.
REMONTADA COM DEDO DE CHIQUINHO ANULADA PELO VAR
Na segunda parte Chiquinho Conde mexeu na equipa tirou Dominguez e lançou Bruno Langa e Clésio entrou no lugar de Gildo e o jogo de Moçambique mudou de figura. Como resultado os Mambas chegaram ao golo de igualdade com Domingos Macandza a fazer um cento que foi cair na cabeça de Witi que rematou a contar para o fundo das redes de Mohamed Elshenawy, quando estavam decorridos 55 minutos.
Os Mambas ficaram moralizados e aos 58 minutos Guima faz um passe precioso para Clésio que rematou para próximo do poste esquerdo da baliza de Mohamed Elshenawy que esticou-se mas não conseguiu evitar o segundo golo para os rapazes da Pérola do Indico.
O treinador português Rui Vitória viu-se contrariado e fez alterações no seu xadrez e aos 76 minutos Ernani Siluane foi obrigado a aplicar-se e consegui desviar a bola para a canto, evitando o pior para a sua baliza.
Quando tudo indicava que a vitória não escaparia aos moçambicanos, já em tempo de compensação das paragens dos 90 minutos, Domingos Macandza envolve-se numa disputa de bola com Mostafa Mohamed, aos olhos do árbitro Dahane Beida (Mauritânia) não houve falta, mas na paragem porque os jogadores ficaram a contorcer-se com dores, o árbitro foi chamado pelo VAR e decidiu por marcar grande penalidade.
Ao valeu a Mohamed Salah a ajuda do poste direito da baliza de Ernan Siluane, pois da cobrança do jogador do Liverpool a bola primeiro embateu no ferro antes de ir abichar-se para o fundo das redes moçambicanas.
Era o empate dos egípcios que foram salvos pelo VAR, mas Moçambique deixou ficar claro que tem uma palavra a dizer neste grupo B, em que vai jogar com Cabo Verde e Gana nos dois jogos que se seguem.
FICHA TÉCNICA
ESTÁDIO FÉLIX HOPHOUET BOIGNY
ARBITRAGEM DE: Dahane Beida (Mauritânia); Assistant 1: Dimbiniaina Andriatianarivelo (Madagascar) e Assistente2: Ahonto Koffi Jonathan (Togo)
4° Árbitro : Bouh Abdel Aziz (Mauritania)
VAR Peter Wawero Kenya (Quénia)
AVAR: Guirat Haythem (Tunisia)
MOÇAMBIQUE: Ernan Siluane, Macandza, Mexer Sitóe, Edmilson, Reinildo; Alfonso Amade, Guima (Guima 87’), Dominguez (Bruno Langa 45’), Witi (Amadu 80’) e Gildo (Clésio 45’); Stanley Ratifo